Acesso de veículos ao aeroporto de Brasília é bloqueado por taxistas

Publicado em 26 de junho de 2012 às 18:08

Na manhã desta terça-feira, 26 de Junho, um protesto de taxistas bloqueou o trânsito de veículos nas duas principais vias de acesso ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília.

Segundo a assessoria da Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária -, a manifestação começou pouco depois das 8h00. Usando pneus e madeira, os taxistas ergueram barricadas a cerca de 600 metros do aeroporto, impedindo o avanço dos veículos.

Para garantir o acesso dos usuários, a Infraero acionou seu plano de contingência, pedindo o apoio da Secretaria de Transportes e da Polícia Militar. O tráfego foi liberado por volta das 10h, mas, em função do congestionamento, a situação demorou a se normalizar. De acordo com o último balanço divulgado pela empresa estatal, dos 47 voos previstos até as 10h, quatro foram cancelados e três partiram com atraso, embora não necessariamente por conta de problemas causados pela manifestação.

Segundo a presidenta da Sintetaxi – Sindicato dos Permissionários de Táxi e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal -, Maria do Bonfim Pereira de Santana, o protesto foi motivado pela intransigência do governo do Distrito Federal.

Para ela, o problema está ligado aos planos da Secretaria de Transportes do Distrito Federal, que planeja retomar o terreno que os motoristas utilizam há mais de duas décadas como o local onde aguardam a vez de se dirigir ao aeroporto. Segundo Maria, até 2008, um contrato de concessão de uso assinado com a União permitia à categoria usar o terreno. Com o fim da validade do contrato, a proposta de transferir os taxistas para outro local ganhou força. Com a concessão do aeroporto à iniciativa privada, a negociação passou a ser feita não mais com a Infraero e a União, mas sim com o governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Transportes.

“Procurei a secretaria e me disseram que vamos ter que deixar o chamado `bolsão´ em breve. E que reduziriam o tamanho da frota no local, que hoje chega a 3,4 mil táxis. Também disseram que para trabalhar no aeroporto, os motoristas vão ter que ser bilíngues. Essas medidas prejudicam a categoria e estão sendo adotadas sem nos consultar. Como vão nos despejar sem antes dizer para onde vamos?”, disse Maria.

A subsecretária de Transportes Público Coletivo e Individual, Luciana Padilha, se reuniu há pouco com representantes da categoria a fim de ouvir suas reivindicações. A assessoria do órgão, contudo, não soube informar o resultado da conversa e adiantou que só irá se manifestar mais tarde.

Fonte: Agência Brasil