O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) criticou a decisão das companhias aéreas TAM e Gol de suspenderem, nesta terça-feira (19), sem informar à população, quatro voos diretos de Campo Grande a Brasília e de Brasília a Campo Grande.
- Passageiros só ficaram sabendo das suspensões quando foram reservar passagens para um desses destinos pela internet ou por meio de agências de viagens – disse.
Moka explicou que as duas companhias praticamente acabaram com a opção de deslocamento entre a capital de Mato Grosso do Sul e a capital federal e ressaltou o quanto a decisão é prejudicial à população do seu estado, que usa regularmente esses voos.
- Sabe-se que os poderes da República encontram-se todos localizados na capital federal. Brasília recebe diariamente empresários, profissionais liberais, políticos, além de professores, estudantes, entre outros passageiros – disse.
O senador disse que decisões como essas devem ser avaliadas cautelosamente para que as opções de transporte das pessoas não sejam reduzidas a um único voo. Ele informou que encaminhou ofício às empresas aéreas, com cópia para Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pedindo explicações sobre a suspensão dos voos.
- Também pedi, em nome da bancada do meu estado, audiência com o diretor-presidente da Anac, Marcelo Pacheco, para relatar os fatos e pedir a intervenção da agência para que os voos sejam retomados – acrescentou.
Yoani Sánchez
O senador Waldemir Moka se mostrou indignado com a hostilidade sofrida pela blogueira cubana Yoani Sánchez durante sua visita ao Brasil. O senador afirmou que o Brasil é um país democrático e que a blogueira, independente do que pensa, tem o direito de se expressar.
- Não é possível que a gente possa, aqui no Brasil, ver isso tudo acontecer. Podemos até divergir, mas o direito sagrado da expressão, nós temos que garantir – afirmou.
Em aparte, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que as pessoas tem todo o direito de se manifestarem, mas que a tentativa de impedir que a blogueira se pronuncie é um absurdo que “nos faz recordar períodos escuros da nossa história”.
Agência Senado
